Código: | LAS05 | ||||||||||||||||||||||||||
Sigla: | SG | ||||||||||||||||||||||||||
Secção/Departamento: | Ciências Sociais e Pedagogia | ||||||||||||||||||||||||||
Semestre/Trimestre: | 1º Semestre | ||||||||||||||||||||||||||
Cursos: |
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Nº de semanas letivas: | 15 | ||||||||||||||||||||||||||
Carga horária: |
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Responsável: |
Cristina Maria Gomes da Silva |
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Corpo docente: |
Rahul Mahendra Kumar |
Português
Dominar princípios e conceitos sociológicos básicos, enquanto instrumentos de uma abordagem dos fenómenos sociais
Compreender a complexidade dos processos que regem a vida das sociedades, comunidades e grupos e as características das sociedades atuais como contextos de mudança e de permanência
Identificar e compreender os principais processos sociais de construção das especificidades culturais e de globalização do mundo atual
Dominar uma metodologia para pensar o social e analisar aspetos fundamentais da vida coletiva nas sociedades contemporâneas
Evidenciar capacidades de observação e de reflexão crítica sobre a realidade social
Posicionar-se perante os grandes temas/ problemas do mundo contemporâneo
Fomentar a compreensão e atitudes de tolerância face às diferenças culturais e sociais
1ª Parte
1. O que é e para que serve a Sociologia?
A sociologia no contexto das Ciências Sociais.
As Ciências Sociais e os obstáculos ao conhecimento: naturalização dos factos sociais, senso comum e ideologias.
Os procedimentos científicos na investigação sociológica.
2. Porque é que somos iguais e diferentes?
Os processos e agentes de socialização: A construção e transmissão de normas, valores e regras socialmente construídas e partilhadas
Padrões de cultura, produção das identidades e etnocentrismo cultural.
3. Porque é que há ricos e pobres?
Da divisão técnica do trabalho à divisão social do trabalho.
Atributos herdados e atributos adquiridos.
Dimensões de estratificação social: critérios económicos, religiosos, políticos e socioprofissionais
Estrutura social e lugares de classe.
Mobilidade social: Trajetórias e destinos individuais
4. Como é que as sociedades mudam?
“Normalidade” e desvio: a evolução dos costumes
Urbanização e industrialização: Recursos, População humana e Migrações
A construção dos espaços urbano e rural: Os novos estilos de vida
Famílias ou família?
Colonização, desenvolvimento e subdesenvolvimento
Crescimento, desenvolvimento e ambiente natural
Democracia e cidadania
O que é a Globalização?
Os conteúdos programáticos, divididos em quatro grandes blocos, organizam o trabalho em torno dos principais conceitos e metodologias da disciplina, permitindo o confronto sistemático entre quadros teóricos, análise empírica e estratégias de intervenção. É justamente pela natureza contingente dos fenómenos sociais, histórica portanto, que esta articulação entre os conteúdos programáticos e os objetivos de aprendizagem apresenta uma natureza iterativa, em que os instrumentos teóricos são sucessivamente trabalhados em diferentes escalas de análise e em função de diferentes problemas de investigação e intervenção. Este processo visa, em primeiro lugar, desenvolver a capacidade de mobilização crítica dos instrumentos teóricos, possível apenas, reitere-se, pelo confronto sistemático com diferentes contextos de observação e intervenção. Esse conhecimento é enriquecido pela comparação sistemática com aquilo que se observa noutros espaços nacionais e noutros contextos históricos, permitindo compreender com maior clareza a diversidade e a complexidade dos processos de mudança nas sociedades contemporâneas e desenvolver a dimensão crítica da imaginação sociológica.
A maioria das sessões será centrada na discussão, em grande ou pequeno grupo, a partir da informação fornecida diretamente pelo professor ou com recurso à utilização de textos e outros materiais. Este processo compreenderá a:
(a) Exposição das temáticas previstas no programa pelo docente;
(b) Discussão e análise de textos e de outros materiais propostos pelo docente;
(c) Apresentação e discussão de trabalhos realizados em grupo sobre temáticas escolhidas e trabalhadas previamente;
Serão ainda implementadas sessões de acompanhamento tutorial dos alunos, em pequenos grupos, conforme as necessidades emergentes, em horário a combinar.
A utilização da plataforma Moodle em situações de debate (fórum) ou como instrumento de apresentação/ proposta de pequenos exercícios de reflexão é outras das formas de desenvolvimento e/ou de complementar as aprendizagens realizadas na aula e/ou nas propostas formais de trabalho (avaliação) prevista para a disciplina.
O equilíbrio entre as sessões teóricas e práticas é fundamental na articulação entre as metodologias de ensino a utilizar com os objetivos de aprendizagem pretendidos na unidade curricular. Nas sessões teóricas, em que a intervenção do docente será de natureza mais expositiva, caberá, sobretudo, a apresentação dos quadros teóricos de base da sociologia e a forma como a disciplina conceptualiza e organiza a morfologia das sociedades contemporânea. Nestas sessões, cada um dos temas a serem discutidos serão apresentados pelo docente de forma sistemática e organizada de modo a permitir um mapeamento conciso do campo conceptual em causa e uma exposição clara dos processos históricos e sociais em análise. Nestas sessões teóricas espera-se, não obstante, um trabalho contínuo de participação dos alunos, nomeadamente pelo comentário dos textos em que cada sessão se apoia. Nas sessões práticas os objetivos focam-se não tanto na aquisição de conceitos e conhecimentos, mas, sobretudo, no desenvolvimento de competências de interpretação crítica dos processos sociais. Para concretizar esse propósito, as sessões práticas orientam-se para a análise de estudos de caso que permitam operacionalizar criativamente os conceitos adquiridos nas sessões teóricas. Estas sessões contarão com materiais de apoio bibliográficos, mas também audiovisuais, de forma a diversificar o conjunto de fontes empíricas. Estas sessões serão também marcadas pela exploração, individual e em grupo, de técnicas de pesquisa, com vista a criar ferramentas que permitam desenvolver capacidade de investigação e de resolução de problemas. O sistema de avaliação, multiplicando e diversificando os produtos a serem apresentados e os respetivos momentos, permitirá ao docente monitorizar a evolução discente ao longo da unidade curricular e apoiar os alunos nas dificuldades encontradas.
No âmbito desta disciplina proceder-se-á à avaliação sistemática de:
Aulas e sessões de trabalho;
Atividades desenvolvidas pelo docente;
Participação dos alunos nas aulas e noutras atividades;
Trabalhos produzidos pelos alunos;
A avaliação realizar-se-á de acordo com as atividades propostas e os princípios expressos no programa.
Assim, a classificação final de cada aluno terá como base o seu desempenho nos trabalhos em grupo ou individuais previstos e de acordo com o seguinte:
- Trabalho escrito individual contribuirá com 60% para a classificação final;
- A apresentação oral individual com 20%
- Trabalho de grupo, que consistirá na elaboração de um dossier de imprensa, com outros 20%.
- No caso dos estudantes que beneficiam de estatutos especiais e que não podem assegurar uma presença regular nas atividades letivas recomenda-se o contacto com o docente de forma a articular um modelo de avaliação adequado:
Avaliação Individual:
Assiduidade e pontualidade;
Participação no grupo / turma;
Intervenções (frequência, clareza, oportunidade e pertinência).
Avaliação dos trabalhos de grupo e individuais:
Definição do problema
Clareza dos objetivos
Adequação da metodologia escolhida
Conteúdo científico:
Clareza na fundamentação
Precisão conceptual
Pertinência e adequação
Originalidade (forma e conteúdo)
Pertinência do produto final em relação à resolução de um problema
Rigor das conclusões
Avaliação das exposições orais:
Clareza da comunicação
Ver acima em "Metodologia e provas de avaliação"
BECKER (Howard S.), Falando da sociedade. Ensaios sobre as diferentes formas de representar o social, Rio de Janeiro, Zahar Editores, pp. 1-26 (Capítulo 1: Falando da sociedade).
Caracterização sociodemográfica da Quinta do Cabrinha. 2012. Gebalis, Lisboa.
CABRAL (João de Pina) e LIMA (Antónia Pedroso), "Como fazer uma história de família: um exercício de contextualização social", Etnográfica, Vol. 9, N.º 2, 2005, pp. 355-388.
CHAVES (Miguel), Casal Ventoso: da gandaia ao narcotráfico, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2013.
HILL (Manuela Magalhães) e Hill (Andrew), A construção de um questionário, Working Paper Dinâmia, N.º 11, 1998.
MILLS (C. Wright), “A promessa”, in A Imaginação Sociológica, Rio de Janeiro, Zahar Editores, pp. 9-32.
SILVA (Augusto Santos), “A ruptura com o senso comum nas ciências sociais”, in Augusto Santos Silva e José Madureira Pinto (orgs.), Metodologia das Ciências Sociais, Porto, Afrontamento, pp. 29-52.
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